O que se viu nessas últimas eleições, ou antes, na campanha eleitoral em si, foi a denúncia dessa desastrada administração pelos partidos de oposição, inclusive por alguns partidos de oposição do grupo da esquerda, para não se dizer que as críticas são “coisas da direita retrógada”, como reza a desculpa universal. Dizer-se que a campanha poderia ter sido propositiva é uma falácia, o mais grave, o vital para o país era remover do poder os incompetentes, isso para não mencionar qualidades piores da “cumpanheirada”.
Acham que estou sendo muito crítico, muito ácido? Querem saber? Muito do que escrevo aqui foi afirmado pelo próprio “companheiro chefe”, que afirmou ter escolhido mal os integrantes para o primeiro escalão do seu governo, que era um erro indicar por amizade, “que era mais fácil nomear do que demitir” (sic), etc.
Passada a catástrofe, vem a nova catástrofe: a reeleição da república metalúrgica dos “relativamente incapazes”, e o que se vê? Um quase total adesismo da oposição aos governistas. O argumento de que “passadas as eleições é preciso se unir para administrar o país” não convence. Não estou pregando a oposição pela oposição, mas oposição responsável, que nem precisaria de definição, mas, vá lá!, fiscalizar o executivo e aprovar o que é bom.
Está mais do que evidente que esse adesismo é oportunista, falou mais alto - como sempre! - a voracidade por cargos, pelo poder é maior do que qualquer patriotismo ou senso do dever. A oposição, vergonhosamente, se torna situação, num arranjo onde “todos estão arrumados e convenientemente acomodados”.
Para o resto, para o povo, sobra um nariz de palhaço, o gosto amargo na boca, a certeza de que o país do futuro continuará, como sempre, no futuro, a certeza de que aquela máxima é verdadeira: mudam as moscas, mas a panela continua com o memo conteúdo aquele. O que o nariz de palhaço tem a ver com essa história? Eu não sei, mas já fiz a minha parte colocando o meu…