Agora mesmo, no carnaval, e antes um pouco, nos shows das grandes bandas de rock, se viu mais uma vez a proliferação dessas malditas pragas elitistas. Deixa eu colocar algumas coisas antes que você me cruxifique! Sei que é necessário um espaço para que as celebridades possam acompanhar os eventos, questão de bom senso, não dá para querer que eles se misturem no meio da massa. Do jeito que a massa caça os seus ídolos - outra asneira! - sei que é necessário separá-los da massa ignara.
Bom, então voltamos a estaca zero, sem solução, dirão vocês. Não, não necessariamente, se a existência de um espaço adequado se justifica, não é obrigatório uma série de coisas. Vamos aos "que seja", ou aos "que não deveriam ser": que seja no melhor lugar da audiência; que seja gratuito para quem já é abastado; que sejam servidos como se fossem nababos por um séquito de escravos.
Não se pode criar pessoas de primeira e de última classe, essa diferença de tratamento não é justificável. Digo mais, até porque esse conceito de celebridade aqui no Brasil é muito elástico - para dizer pouco! Quantas figuras já foram idolatradas, paparicadas, ensebadas, escovadas e depois se viu que eram uns "171" de primeira classe?
Não gosto de colocar experiências pessoais, mas conto essa. Houve uma época em que eu acompanhava o setor das vídeo-locadoras. Nos congressos, feiras, nos eventos do setor, as grandes produtoras davam a maior atenção a determinado empresário aqui de Porto Alegre. O cara tinha tratamento vip, hospedagem, fazia parte da mesa, etc, vocês sabem como isso funciona. Algum tempo depois o cara deu o maior desfalque em todas as produtoras e desapareceu do mapa.
Enquanto isso, os representantes de centenas de outras empresas - que muitas vezes são as que cumprem com todos os compromissos - permanecem anônimas, são tratadas de qualquer jeito, porque não são "importantes" para o ramo.
No comments:
Post a Comment