Tuesday, May 02, 2006

Sem remédio

Usar como forma de protesto a greve de fome parece um retrocesso numa sociedade que se diz civilizada. A não ser que alguém me convença do contrário, greve de fome tem cheiro de idade média. Imolar-se em prol de uma causa, será esse o sentido de quem inicia uma dieta com finalidade política? A alegação de quem usa desse mecanismo é o reconhecimento da pequenez ante um grande poder, a alegação de Garotinho se situa nessa linha, segundo ele a grande imprensa quer derrubá-lo.

Teríamos que saber quais são as motivações políticas da imprensa para querer derrubá-lo, quais as vantagens ou qual o medo que teria a imprensa de Garotinho. Responder a uma acusação reail sobre a sua conduta com uma greve de fome não parece ser o meio mais eficiente ou o mais apropriado. A medida pode até render votos junto ao seu eleitorado, ou uma silhueta mais esguia, mas não é a forma própria de defesa de uma acusação - justa ou injusta - contra a sua pessoa.

Há que se considerar que ele não é o único a ser acusado, se todos usassem desse mesmo método nós teríamos uma multidão em regimes de fome. O sem remédio do título, refere-se ao próprio candidato garotinho - que sempre está às voltas com alguma polêmica - e ao PMDB, que na minha acepção é só uma ficção, já não existe mais como partido. Como um grande monstrengo que veio do passado, ele sua uma certa inércia para ainda andar, mas por quanto tempo?

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