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Monday, June 02, 2008

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Confesso que não sei como intitular esse post. Ele fala de uma realidade nacional, na verdade de uma tragédia sem precedentes. A pior constatação não é a existência dessa situação dramática, mas a certeza de que não há uma solução a vista. Qualquer problema antes de ser resolvido, precisa ser corretamente diagnosticado, se não há diagnóstico, ou se ele está errado, a cura se torna impossível.

Já resisto tratar do tema, pela inutilidade, sei que nada será feito para mudar o estado de coisas atual. Falo do nosso já crônico problema de falta de segurança. Fala-se na ineficiência, na corrupção das organizações encarregadas da segurança, fala-se em problemas sociais, e não se fala no real problema: da omissão estatal.

O povo tem sua parcela de responsabilidade, não exige a contraprestação dos impostos que recolhe ao erário. Não exige modificação na principal responsável pela insegurança: legislação inadequada e um sistema prisional quase inexistente.

Você sabe qual como um policial desempenha suas tarefas no Brasil atual? Imagine uma enchente, dessas que alaga as ruas das nossas cidades. Agora chame alguém e ordene que pegue um pano de chão (os recursos disponibilizados para as polícias) e um balde furado (a legislação atual e o sistema prisional) e vá secar as ruas. Pague a ele um pouco mais do que um salário mínimo.

Depois sente numa cadeira - sugiro uma bem macia - e fique esperando pelos resultados.

Thursday, February 21, 2008

Lucros - %%%

Os bancos continuam a divulgar lucros assustadores, lucros que aumentam, em média, 30% a cada período, como se o céu fosse o limite, ou como se não houvesse limite para quanto os bancos podem lucrar nesse país. As alegações, que parecem tudo, menos convencer qualquer pasmo, são as de que lidando com um grande número de inadimplentes os bancos precisam cobrar mais caro pelos seus juros.

Você lembra daquela propaganda: é mas fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é mais fresquinho. Esse parece ser um típico caso, sob a alegação da inadimplência os bancos vão cobrando dos consumidores juros escorchantes e batendo recordes nos lucros.

Funciona mais ou menos como os juros que o governo paga pelo empréstimos que toma: dizem que deve pagar um valor elevado, são os juros mais altos do mundo, pois há o risco do governo dar o calote; mas sempre se lembrando que, sob hipótese nenhuma, o governo nem pense em dar calote...

É alguma coisa como fazer um seguro de vida e colocar como cláusula número um o seguinte: é vedado ao segurado, que não pode, sob nenhuma hipótese, vir a falecer. Só rindo mesmo...