Friday, November 17, 2006

Tudo é pessoal, muito pessoal

Não devia, o sentimento é, talvez, indevido. Mas é sentido, dói, deixa triste e faz pensar. A realidade do Brasil de hoje é diferente, como diferentes são os países que convivem aqui, num mesmo chão. Da terra da promissão, ã terra da servidão, passando por todos os níveis de iluminação, de desenvolvimento, de teres e de não teres. Digo indevido pela diversidade, isto é, não dói em todos e, quando dói, a dor tem diversas intensidades, que nem todas dores são iguais.

Foi divulgada uma pesquisa, mais uma, com o número de vítimas da nossa guerra surda, não declarada, dessa batalha intestina, guerra de rua, do bairro, da nossa casa, da casa ao lado. O Iraque admite ter perdido 150.000 civis em três anos e pouco de guerra; número parecido com o que perdemos com a violência aqui na pátria amada do Brasil. Além do mais, somos líderes em jovens suicidas.

Triste legado que estamos deixando para os nossos filhos. Triste ver análises pobres, de quem não pensa, as soluções boas e eficientes, de sempre, mas que nunca são adotadas, postergadas até que morram, mais ciquenta mil nesse país, varonil. A solução é a educação! Genial, mesmo que não seja original. O problema é a má distribuição de renda! E essa então? Quase juro que ninguém ouviu não...

Enquanto isso os verdadeiros motivos são deixados para lá, empurrados para baixo do tapete, que não é bom mexer nessa abelheira. Liberdade só existe com responsabilidade, fácil assim, há pouco, até um congresso de juízes conseguiu descobrir esse verdadeiro ovo de Colombo.

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