Tuesday, April 03, 2007

Fala sério!

Não é do meu hábito perder tempo com o que eu chamo de abobrinhas, principalmente as que se referem a vida particular de astros e estrelas. Em relação a qualquer figura que se torna popular pelo exercício de uma arte, interessa-me a arte em si e não o artista. Em algumas manifestações é interessante conhecer alguma coisa do artista para avaliar suas fontes de inspiração, sua formação, mas sempre os assuntos voltados para a manifestação pública do seu trabalho.

Os assuntos pessoais do artista não me dizem respeito e não me interessam. Acho que as idolatrias denotam personalidades fracas e inteligências limitadas; mediocre querer saber quem namora quem, quem sai com quem, coisas de foro íntimo dos artistas.

Além do mais, os próprios artistas quando afirmam alguma coisa nessa área, salvo honrosas exceções, são coisas inaproveitáveis, bobagens sem utilidade. Até porque celebridade não confere doutorado para ninguém, falassem só sobre a sua área de atuação e todos ganhariam muito.

Wednesday, March 28, 2007

Calores de Março

O verão já foi, passou, mas o clima lembra a estação. Desde a noite de ontem está quente, um ar abafado circula pelas ruas da cidade. O clima quente e úmido cria uma sensação de desconforto em todos, todos sentem que há algo errado no cenário e ninguém soubesse muito bem o quê.

Você sente a onda de calor dentro das casas, sai para a rua e a sensação piora, não há o frescor das noites outonais. Será que todos iremos terminar nossos dias nessa terra como pães numa assadeira? Não sei, o tal efeito estufa lembra mais um forno, um efeito forno.

Brigar contra o clima é perder tempo; sem chance. Os que podem ligam os seus aparelhos de ar-condicionado, outros acionam os ventiladores, quem sabe até seus leques? Cada um se defende como pode, com as armas que têm, dessa quentura, desse calor. Um forno.

Eu faço o mais improvável, a minha defesa: durmo.

Sunday, January 28, 2007

Procurar pêlo em ovo

"Enquanto continuarmos misturando as coisas não encontraremos a solução! Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! Segurança se resolve com imposição de autoridade e com a certeza de que o crime não compensa.

Transformar o mundo, fazer retornar o mundo ao paraíso, transformar todo mundo em bonzinho, educar a todos, distribuir renda uniformemente são outros objetivos, válidos, claro!, mas é outra coisa, outro departamento.

Dá pra entender e separar essas coisas? Muito 0brigado!" - Trinta e dois anos de atividade policial, sem ser mais um dos "entendidos" ou doutos na matéria.

Friday, January 19, 2007

Piada de português?

Um português escolheu seus herdeiros ao acaso na lista telefônica de Lisboa e deixou, ao morrer, seus bens para 70 pessoas que jamais conheceu, informou hoje a imprensa local.

Luis Carlos de Noronha Cabral de Câmara, descrito por seus amigos como um homem solitário, decidiu fazer seu testamento quando tinha 29 anos por meio de um escrivão de Lisboa e junto a duas testemunhas.

"Com grande surpresa da funcionária do cartório, pediu a lista telefônica e começou a escolher nomes ao acaso. O notário lhe fez várias perguntas para verificar seu estado de saúde mental, mas Luis estava perfeitamente consciente do que fazia", disse à revista Sol uma das testemunhas, Aníbal Castro Villa.

Câmara morreu recentemente, aos 42 anos, e deixou aos seus herdeiros um apartamento de 12 quartos no centro de Lisboa, uma casa em Guimarães, no norte do país, e um carro avaliado em US$ 70 mil.

Seus herdeiros, ao serem convocados pelo notário, pensaram que se tratava de uma brincadeira ou um calote.

Câmara jamais se casou nem teve filhos, e viveu seus últimos anos com o dinheiro da venda de alguns bens (Fonte:http://port.pravda.ru/).

Monday, January 15, 2007

Alguém bebeu... e não fui eu!

O principal canal televisivo no Brasil, em seu primeiro jornal matinal, resolve analisar as opções à disposição do investidor no mercado financeiro. Uma análise sobre bolsa de valores - mercado acionário -, caderneta de poupança, títulos de renda fixa, títulos do governo, etc. Eu assisto e fico pensando com cá com os meus anéis: - Para quem será dirigida uma reportagem como essa?

A classe média nacional foi exterminada pelos malditos e infelizes governos FHC e Luiz Inácio; vejamos: a suíça brasileira - classe econômica que vai cada vez melhor, obrigado! - não assiste a telejornal de tv aberta, e, nem vai fazer investimento de milhoes seguindo os conselhos de jornalista de telejornal matinal. Ou vai?

Para quem então seria esse tipo de reportagem? Como está no título: Alguém bebeu... e não fui eu! Diga-se de passagem, esses editores são mestres em escolher assuntos inadequados. Aonde esse pessoal que dirige as redes de tv conseguem buscar gente tão... como vou dizer para não parecer ofensivo? Tão "fora da casinha"?

Tuesday, December 12, 2006

Depois da catástrofe... a catástrofe!

Os anos petistas na administração do país foram uma sucessão, como eu posso dizer para ficar menos rude, digamos que foram um sucessão de desastres. Tivemos de tudo um pouco o que é de ruim. Acertos, quase nenhum. Só um ph-tapado em economia para não enxergar que esse crescimento ridículo - 2 e poucos % - em anos de ouro da economia mundial é uma obra… pífia. Isso sem falar em sanguessugas, mensalões e muito etecétera.

O que se viu nessas últimas eleições, ou antes, na campanha eleitoral em si, foi a denúncia dessa desastrada administração pelos partidos de oposição, inclusive por alguns partidos de oposição do grupo da esquerda, para não se dizer que as críticas são “coisas da direita retrógada”, como reza a desculpa universal. Dizer-se que a campanha poderia ter sido propositiva é uma falácia, o mais grave, o vital para o país era remover do poder os incompetentes, isso para não mencionar qualidades piores da “cumpanheirada”.

Acham que estou sendo muito crítico, muito ácido? Querem saber? Muito do que escrevo aqui foi afirmado pelo próprio “companheiro chefe”, que afirmou ter escolhido mal os integrantes para o primeiro escalão do seu governo, que era um erro indicar por amizade, “que era mais fácil nomear do que demitir” (sic), etc.

Passada a catástrofe, vem a nova catástrofe: a reeleição da república metalúrgica dos “relativamente incapazes”, e o que se vê? Um quase total adesismo da oposição aos governistas. O argumento de que “passadas as eleições é preciso se unir para administrar o país” não convence. Não estou pregando a oposição pela oposição, mas oposição responsável, que nem precisaria de definição, mas, vá lá!, fiscalizar o executivo e aprovar o que é bom.

Está mais do que evidente que esse adesismo é oportunista, falou mais alto - como sempre! - a voracidade por cargos, pelo poder é maior do que qualquer patriotismo ou senso do dever. A oposição, vergonhosamente, se torna situação, num arranjo onde “todos estão arrumados e convenientemente acomodados”.

Para o resto, para o povo, sobra um nariz de palhaço, o gosto amargo na boca, a certeza de que o país do futuro continuará, como sempre, no futuro, a certeza de que aquela máxima é verdadeira: mudam as moscas, mas a panela continua com o memo conteúdo aquele. O que o nariz de palhaço tem a ver com essa história? Eu não sei, mas já fiz a minha parte colocando o meu…

Sunday, November 26, 2006

Meter tudo numa panela só...

Fica mais fácil para justificar o corte de benefícios colocar tudo numa panela só. A constituição de 88 inventou a mágica, criar benefícios sem os recursos, encheu a sociedade de direitos - justos, ninguém discute o caráter social das medidas - sem ter a competente contrapartida dos recursos.

Eu poderia discorrer aqui uma série de medidas, todas com caráter social comprovado, sem discussão nesse campo. Infelizmente dinheiro não dá em árvore, é bom ser assistencialista, mas quem vai pagar a conta? Aposentadoria para trabalhadores rurais, para os idosos, para perseguidos políticos, assistência médica para todos, o maior programa de combate da aids do mundo. Ninguém vai discutir a justiça dessas medidas.

Agora dizem que a previdência é deficitária, dizem que ela atravanca o crescimento do país, que é um entrave. Previdência é um regime de compensações, que deixou de ser com a dadivosa constituição de 88, poucos pagando para todos, isso não iria funcionar, como não funcionou. Culpam a previdência quando a culpa não é dela.

Expurguem da previdência todas essas condições dadivosas e verão que o sistema não é ruim; que o sistema não é o vilão que apregoam por aí.

Friday, November 17, 2006

Tudo é pessoal, muito pessoal

Não devia, o sentimento é, talvez, indevido. Mas é sentido, dói, deixa triste e faz pensar. A realidade do Brasil de hoje é diferente, como diferentes são os países que convivem aqui, num mesmo chão. Da terra da promissão, ã terra da servidão, passando por todos os níveis de iluminação, de desenvolvimento, de teres e de não teres. Digo indevido pela diversidade, isto é, não dói em todos e, quando dói, a dor tem diversas intensidades, que nem todas dores são iguais.

Foi divulgada uma pesquisa, mais uma, com o número de vítimas da nossa guerra surda, não declarada, dessa batalha intestina, guerra de rua, do bairro, da nossa casa, da casa ao lado. O Iraque admite ter perdido 150.000 civis em três anos e pouco de guerra; número parecido com o que perdemos com a violência aqui na pátria amada do Brasil. Além do mais, somos líderes em jovens suicidas.

Triste legado que estamos deixando para os nossos filhos. Triste ver análises pobres, de quem não pensa, as soluções boas e eficientes, de sempre, mas que nunca são adotadas, postergadas até que morram, mais ciquenta mil nesse país, varonil. A solução é a educação! Genial, mesmo que não seja original. O problema é a má distribuição de renda! E essa então? Quase juro que ninguém ouviu não...

Enquanto isso os verdadeiros motivos são deixados para lá, empurrados para baixo do tapete, que não é bom mexer nessa abelheira. Liberdade só existe com responsabilidade, fácil assim, há pouco, até um congresso de juízes conseguiu descobrir esse verdadeiro ovo de Colombo.

Monday, November 06, 2006

Distâncias

A China fica bem longe daqui. Muito longe. Estamos separados por milhares de quilômetros, por milhares de anos de civilização e por anos-luz de liberdade. Cuba está mais perto - só geograficamente! -, e agora reconhecem "falhas" na organização social na ilha, no paraíso-prisão castrista. O capitalismo é uma merda, eu sei, também. Dificil encontrar um sistema justo, quando se sabe que a injustiça mora dentro do coração dos homens. Crescemos na cobiça, ou morremos de inanição na divisão - obrigatória - do pão. Tristes alternativas.

Não são caminhos, são descaminhos. Vivemos num oito ou oitenta, sem admissão do meio-termo; somos massa ignara, maioria burra, minoria injusta e cruel. Existe um paraíso terrestre aqui e acolá, que aparecem como exceções para confirmar a regra. Vamos nos digladiar durante milênios pela idéia de um ideal que não existe, pela tentativa de achar os remendos que transformem o inferno em paraíso, uma terra menos ruim, e aceitável para todos. Ainda assim, este ideal - irreal - há que ser buscado.

Em eleições, melhor que seja mantendo a democracia, a liberdade sagrada de pensar diferente de qualquer um... China e Cuba estão muito longe daqui, e ainda bem que estão!

Wednesday, November 01, 2006

Brincando com coisa séria

No último post eu apresentava como exemplo de coisa que vai bem nesse país a Bovespa - Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. E se as coisa sempre vão bem para o lado da bolsa - para o lado dos investidores - é porque, apesar das bolsas serem consideradas locai onde se jogam com os fatores de riscos normalmente encontrados em economia capitalistas, a nossa é diferente.

A nossa é diferente porque é um sistema montado para só dar lucro ao capitalista, não há meios de se ter prejuízo nesse jogo. Me entenda bem, não estou dizendo que qualquer um do povo, qualquer aventureiro sempre ganhará dinheiro em bolsa, estou dizendo que os grandes investidores sempre ganham dinheiro na bolsa.

No pior dos cenários, inventam-se os riscos sistêmicos, nome que é dado quando os grandes investidores deveriam (ou seguindo as regras do jogo, por ser um mercado de risco, poderiam) perder, mas aí essa cláusula - do risco sistêmico - entra em vigor e você, caro amigo, e eu, o povo todo, pagamos a conta para que não haja prejuízo a essa elite.

E assim tem sido nos últimos anos. Um dia, quem sabe?

Friday, October 13, 2006

Caso em que...

Se o preço do petróleo subir a Bovespa vai subir; caso contrário, a Bovespa vai subir também. Se o país crescer pouco a Bovespa vai subir, se subir muito também. Se for reeleito o cara, a Bovespa vai subir, se for eleito o outro, também. Se chover amanhã a Bovespa vai subir, e se não chover? Já sabem né? Vai subir também.

Se tem coisa que vai bem nesse país é a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, instituição exemplo daquilo que seja "ir bem sempre!" O resto das coisas do país não vão tão bem, para dizer a verdade, a maioria nem vai...

Saturday, October 07, 2006

Post de retomada

Estou retomando aos poucos os meus blogs. Andei fazendo bobagem, numa tentativa de upgrade do sistema do meu pc - sem fazer o prévio e indispensável backup, é claro! - deu zebra. Fiquei perdido sem os meus arquivos e estou tentando juntar os pedaços do que restou num novo pc - para ver como a coisa foi grave!

Mas aos poucos vou voltando... Até breve!

Saturday, August 19, 2006

Crimes Perfeitos

Engana-se quem não acredita na existência dos chamados crimes perfeitos. Nosso país é o que se pode chamar de um verdadeiro celeiro dos crimes perfeitos. Ou é o perfeito exemplo de que eles existêm. E em profusão. Sem querer apelar para uma precisão de que não disponho, pode-se afirmar que os crimes perfeitos - aqueles em que o autor não recebe nenhum tipo de sansão; ou aqueles que acabam terminando em pizza - andam na casa dos 95% ou mais por aqui.

Por isso é que se pode afirmar que por aqui o crime compensa: os autores cometem os delitos na certeza de que restarão impunes, na certeza de que não terão de pagar pelos delitos cometidos; ou, na pior das hipóteses, que terão de pagar um valor não adequado, não equivalente com o delito cometido.

Por uma série de distorções da nossa legislação, crimes que em outras sociedades representam penas privativas de liberdade de 20 ou mais anos, aqui são pagas com 3 ou 4 anos, depois que são concedidas uma série de benefícios aos infratores, o que se constitue em um verdadeiro incentivo ao crime. Depois a "sociedade" não sabe porque o crime anda aumentando tanto...

Tuesday, August 01, 2006

Definições

Certas coisas devem restar definidas: É preciso preparo intelectual para ser presidente da república? É uma defesa suficiente para ser candidato a qualquer cargo público a afirmação de que "os nossos podem ser desonestos, mas os outros também foram"? Se não há necessidade de preparo, se qualquer néscio pode ser presidente da república, se o critério de probidade para os cargos públicos não é a honestidade, mas a precedência de iguais, então tudo está muito bem!

Saturday, July 22, 2006

Esquiar no verão!

10/11/1999 - Há sete anos publiquei no Showcar (http://www.geocities.com/show_cars/news/sn_991011.htm), uma página minha na Geocities sobre automóveis e automobilismo, um artigo com este título, "Esquiar no Verão", que versava sobre a nossa mania, burra, de programar todos eventos na temporada de inverno, deixando a temporada de férias sem programação:

Incorporamos às avessas as culturas dos outros países. Nos aproximamos do período em que a maioria dos brasileiros estão de férias, o final do ano. Férias passou a significar o período em que nada ou quase nada acontece no terreno esportivo. Os campeonatos das diversas modalidades são interrompidos. Não há futebol, competições automobilísticas, quase tudo que se refere ao esporte é paralisado. É um contra-senso que justamente na época do ano em que todos tem mais disponibilidade de tempo para o lazer ele não esteja disponível.

O forte da temporada dos diversos certames mundiais coincide justamente com o período de férias do local onde são realizados. Como o período climático mais favorável é o verão, é nele que as coisas realmente acontecem. São países onde a rigidez do inverno impossibilita a realização de eventos à céu aberto. Lógico e compreensível que assim ocorra, só não é compreensível que os nossos campeonatos sigam a regra às avessas.

Resumindo, sendo o verão o melhor clima para as férias e para a realização dos eventos esportivos, os países do hemisfério norte unem o prático ao agradável: as condições favoráveis de tempo com a disponibilidade de todos para o lazer.

Aqui do outro lado do planeta, com condições para a realização de eventos o ano todo, quase tudo acontece no inverno, no verão, quando temos disponibilidade de tempo, sem nada para fazer nós descansamos, ou quem sabe, para continuarmos imitando os paises do hemisfério norte, já que lá é epoca de esportes de inverno, arriscaremos um passeio até a Cordilheira dos Andes para praticar esqui ou escalada de montanha.
E está se repetindo, como sempre, esse fenômeno. Estamos na época das férias no hemisfério norte, e já a realização da Copa do Mundo de Futebol na Alemanha, o Tour de France, os Torneios de Tênis do Grand Slan, os grandes Majors do Golfe, etc. Certo, afinal de contas é a época certa para a realização de eventos, porque é verão na europa.

O brabo será quando chegar o nosso verão, vamos entrar no marasmo de sempre, de não ter programação alguma para assistir; não haverá eventos na europa, lógico!, lá será inverno e não haverá eventos aqui, porque gostamos de copiar os europeus em tudo, até mesmo quando essa cópia é às avessas!

Thursday, June 29, 2006

Marcas que incomodam

Essas marcas e recordes que apareceram este ano na seleção brasileira só incomodam. Goleador, jogador com o maior número de partidas, com maior número de vitórias, e até um zagueiro que tenta jogar o mundial sem cometer uma falta. Essa última então, contrariam a frase "zagueiro que se preza não ganha o Belfort Duarte" pode por todo o trabalho a perder. No último jogo contra Gana foi visível a preocupação de Lúcio em não cometer a falta.

E se em algum lance acontecer a necessidade de que a falta seja cometida para impedir um gol? Certamente o adversário fará o gol para que não se prejudique o objetivo máximo do atleta, que não é ganhar o título, mas completar a competição sem o cometimento de faltas. Isso é só um exemplo, mas não há como deixar de sentir que esse tipo de ideal secundário acaba atrapalhando o principal que é a conquista do título.

Ah! Nosso técnico não engana ninguém querendo encobrir o fato de que o time joga mal com o argumento - falacioso - de que "ganhar é show". Ninguém está exigindo que o time dê shows, mas só que jogue bem. Até agora, em algumas situações jogamos mal e, apesar disso, ganhamos, mas até quando?

Monday, June 19, 2006

Utilidade da Copa

Não se fala mais em mensalão, em corrupção, em sanguessuga, a sensação que se tem é que todos os nossos problemas foram magicamente solucionados com esse imenso circo que é a copa do mundo. Não se fala em outra coisa, não se pensa em outra coisa, tudo é copa, tudo é Ronaldinho gorducho e os seus problemas, a luta para conquistar o hexacampeonato.

Importante tudo isso, porque ser campeão mundial de futebol representa muita coisa para esse povo. Representa... representa... representa... bem, representa ser primeiro em alguma coisa nesse mundo que não seja alguma desgraça, como ser primeiro no mundo em má distribuição da renda nacional, ou detentores da maior taxa de juros do mundo ou do maior índice de criminalidade.

Para isso presta uma copa do mundo de futebol. Só para isso.

Wednesday, June 14, 2006

Blogar sobre futebol?

E por que não? Afinal, esse é o país do futebol. Eu achei até bonitinha e emocionante a imagem do velho Zagallo em terras alemãs segurando a imagem de Santo Antonio, recebendo um gordo salário para ser o responsável pela nossa superstição, ele é assessor para assuntos de superstição, enquanto os outros trabalham ele fica calculando tudo o que dá 13. Será que ele tem um salário de 13 digítos?

Wednesday, June 07, 2006

Você viu?

- Você viu o que aconteceu ontem no Senado Federal?
- O quê?
- No Senado, a quebradeira.
- Teve quebradeira é.
- Teve, você não soube nada a respeito?
- É parece que houve alguma coisa por lá, mas sinceramente não sei e nem me interessa saber...

Tuesday, May 30, 2006

Palavrórios

Fala-se muito em disciplinar as regras do jogo, fala-se muito em torná-las mais estritas, restritas, transparentes, tudo porque numa competição em que a ética não entra nem como figura decorativa, as regras devem ser mesmo muito rigorosas. Poder-se-ia criar mesmo uma lei sobre isso: quanto mais canalhas forem os contendores, mais rigorosas, menos elásticas devem ser as leis do jogo.

É certo supor que numa competição onde reine a ética, certas normas são até dispensáveis, aquelas que os contendores já trazem do berço. Mas, quando se trata de disciplinar disputas entre canalhas, o bom é se prever a ocorrência de qualquer jogada suja, porque a presunção de que ele possa ocorrer é quase uma certeza. Não basta subtender-se que "enfiar o dedo no olho do adversário" é jogada suja, precisa um dispositivo dizendo isso e a previsão de sanções para quem praticar o ato.

Isso tudo porque ninguém pode dar aquilo que não têm, ninguém pode ter um comportamento ético se não tem uma vida regrada por ela. No nosso caso somos todos culpados, somos todos dominados por essa inclinação pelo mal, e faremos o mal, a não ser que sejamos muito bem controlados, muito bem vigiados. Lembram daquele ditado que diz "a ocasião faz o ladrão"? Para não sermos só tem um jeito: não nos dêem a ocasião!