Fui tesoureiro na campanha do presidente Lula (?), sou técnico de nível médio formado na operação de fresadoras industriais (?) e metalúrgico durante vinte e cinco anos (?), disse Paulo Okamotto. Qualificações interessantes e suficientes para qualquer empregado de uma fábrica, de uma empresa metalúrgica, mas que necessariamente não qualificam ninguém como administrador de empresa pública. E esse é justamente um dos maiores problemas na administração desse País. O caso do Sr. Okamotto é emblemático, representa uma plêiade de apadrinhados do poder cujo única qualificação é esta mesmo, a de serem apadrinhados do poder.
Não há como pensar em políticas públicas de estado, em eficiência do aparelho estatal, quando há o descarado aparelhamento do Estado pelos partidos que estão no poder. Hoje temos 30 mil cargos de confiança só na área do governo federal. Você acha pouco? Pense que nos Estados Unidos, um país muito maior economica, territorialmente e populacionalmente, são 5 mil cargos.
Mas não pense que este estado de coisas irá mudar. Não há o mínimo interesse político na mudança, todos querem participar desse "loteamento de cargos", da "corrida às burras da viúva". Espere até um novo governo assumir o controle do País e você verá tudo se repetir. Até lá o jeito é assistir o Sr. Paulo ir "fresando" sabiamente os destinos do nosso Sebrae.
*Sobre o depoimente em si, sem querer emitir uma opinião definitiva, mas qualquer pagamento em "dinheiro vivo" para mim sempre é altamente suspeito (ainda mais quando se trata de uma quantia razoável, como no caso, R$ 29.436,00). Qual o motivo? Evitar o rastreamento do cheque?
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