Tuesday, December 20, 2005

Da Carta Capital à Caras

Ao se examinar a mídia tem-se a impressão de que as notícias se dividem em duas categorias: as más notícias de sempre, a velha máxima de que são as desgraças que vendem jornais, revistas, espaços na tv, etc; ou as banalidades, o nonsense. É como você só pudesse escolher entre dois tipos de "CCs", ou fica com a Carta Capital ou com a Caras.

Claro que há nisso um exagero, não é bem assim que funciona na prática, sempre existem as publicações médias, digamos, as intermediárias que suprem esse mercado, até porque vale a lei do próprio mercado, que não deixa lacunas, alguém sempre vê as boas oportunidades de negócios e supre.

Mas é inegável que os dois tipos de publicações citados no primeiro paragráfo são as que acabam formando a grande massa da opinião pública. E, a não ser que lide com um público mais elitizado, você vai ter mesmo que conversar com quem tem sua base de formação nesses chamados diários e programas populares.

Isso abre um tipo de debate, praticamente interminável, na tentativa de se determinar "se é o veículo que forma o consumidor ou vice-versa". Talvez esse "mea culpa" deva ser dividido em partes iguais, o leitor/telespectador/ouvinte não parece muito interessado em se aprimorar, nem a mídia em melhorar o nível daquilo que fornece ao consumidor.

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